Jacomussi X Damo = A Guerra começou em Mauá



Todos sabem que o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi está na cadeia desde o dia 9 de maio, acusado de supostamente participar de uma máfia que superfatura merenda escolar na cidade. Todos sabem também que o prefeito está hoje cumprindo sua prisão no CDP de Tremenbé, em cela comum, já que Jacomussi não tem nível superior de escolaridade. Todos sabem também que a prefeita interina Alaíde Damo do MDB, coordenada pela filha Vanessa Damo, está revolucionando a administração mauaense, com a exoneração de aliados de Atila e a nomeação de figuras do clã dos Damo nos cargos mais importantes da gestão, em um tipo de nepotismo tupiniquim interessante.

Mas o que os veículos de comunicação não abordam, mas é assunto de conversa de bastidores, é que nunca ninguém viu na história da política da região uma possível ação de traição tão clara, rápida e focada como vem ocorrendo no paço de Mauá. Sim, Atila hoje pode dizer que sabe o gosto amargo que a traição tem. Você deve estar se perguntando em que baseio está minha tese, que alguns dirão tresloucada? Bem me baseio no fato de que nunca vi um chefe de Executivo se licenciar do mandato, por qualquer motivo, e em menos de um mês ver seus parceiros políticos recebendo o bilhete azul, desfigurando sua equipe. O que se espera de um   interino é no mínimo a manutenção do que foi deixado momentaneamente. Sim, não tenho procuração, nem motivos para defender Jacomussi, mas o que é ético é ético e pronto. Sabe-se que se o prefeito fosse consultado ele não concordaria com isso. O que se vê diante deste quadro é a ação golpista, característica do MDB de Temer, Vanessa e Alaíde, lembrando que Vanessa e Michel são parceiros de primeira hora e mostram mais uma vez a aptidão para tomar de assalto o que é dos outros. Atila continua prefeito, por mais que não gostem. Não perdeu o mandato.

Outra informação de bastidor dá conta de que o novo secretário de Governo Antonio Carlos de Lima (PRB) que é sobrinho de Alaide, primo em primeiro grau de Vanessa Damo (a prefeita de fato) já estaria incumbido de duas missões

1) Arregimentar o maior número de provas dos possíveis delitos de Atila Jacomussi, na Prefeitura, para tentar mantê-lo preso e forçar o impeachment cristalizando assim o triunvirato que busca se efetivar na Prefeitura (Alaíde/Vanessa/ Antonio Carlos) uma regência trina.

2)Fazer um pente fino para identificar quem são os mais chegados do prefeito Atila, chamá-los para uma conversa e se os mesmos não manifestarem apoio a Vanessa e Alaíde exonerar sumariamente, colocando outros apaniguados em cargos comissionados muito bem remunerados.

Ao mesmo tempo fontes, que não quiseram se manifestar por medo de represálias, garantem que o velho Admir Jacomussi já teria informado o filho da situação, o que gerou grande ira em Atila, que já teria prometido, ao voltar, uma grande represália contra sua vice que sempre ocupou papel decorativo até agora.

Enfim está pronto o banzé. Vem guerra por ai na política mauaense, como nunca se viu antes. De uma lado golpistas que querem a todo custo voltar ao poder, após terem sido rejeitados nas urnas, uma família que sempre dominou a política pelo clientelismo, enquanto de outro lado está um prefeito afastado, preso, mas que ainda é prefeito eleito e tem seu mandato que parece estar sendo usurpado. É claro que se Atila for culpado do que lhe acusam deve sofrer as punições da lei e a possível perda de mandato está no radar das possibilidades. Mas perder um mandato por ato de cabotinagem não se pode admitir em um regime democrático.

Desta maneira, basta saber quem se sairá melhor nesta pendenga. É esperar para ver.

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